Holanda, voltei (new vlog video)


OLÁ! Eu voltei minha querida Holanda. Depois de 4 meses no Brasil esperando o meu processo acabar, eu finalmente consegui meu visto e meu residence permit e posso ficar perto do meu amorzão. Apesar da gripe que me pegou, gravei um pequeno vlog mostrando a volta para casa. Foram 21 horas de voo, com conexão em Lisboa em Portugal.

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MEUS MÉTODOS DE ESTUDOS PARA PASSAR NO TESTE DE INTEGRAÇÃO CIVIL A1 | EPISÓDIO 01: VIDA NA HOLANDA


Imigrar para um país pode ser um processo cansativo e muito complicado, principalmente quando envolve todo o estresse da parte burocrática. Se você vai aplicar para o visto de parceira com um cidadão holandês, você precisará passar por um teste de integração civil, que consiste em 3 partes: conhecimentos da sociedade holandesa, interpretação de texto e leitura em holandês e responder  e completar perguntas.

Nesse post, eu quero compartilhar os métodos que utilizei para estudar para o exame e assim, poder ajudar quem está passando pelo mesmo processo. Se tiver qualquer dúvida, deixe nos comentários com o seu e-mail que eu tentarei ajudar.


  • KIT NAAR NEDERLANDS

Esse kit é disponibilizado pelo próprio governo holandês e você pode comprá-lo. Infelizmente, não achei em nenhum site que revende livros, como a Amazon Br, mas eu e meu namorado compramos pela Amazon UK e pagamos 28 euros. Esse livro é composto por 4 CDS, um filme documentário sobre a Holanda, um livro de textos e exercícios e um e-learning online. 

Eu utilizei tudo o que foi mandado pelo kit, porque eu achei super válido e naquele momento, eu não tinha acesso aos outros itens que vou mencionar nesse post. Então eu achei que era a única forma de estudar para o teste e acabei me dedicando bastante parte do meu tempo, resolvendo os exercícios, fazendo resumos do documentário e decorando informações sobre a Holanda.


  • LEARN DUTCH.COM

O site Learn Dutch foi um dos principais meios para eu conseguir me inserir na língua holandesa de forma mais fácil. O site foi criado por um professor, Bar de Pau, e ele tem um canal no youtube também, que ajuda muito a se inserir na cultura e língua holandesa. Ele não ajuda diretamente com o teste, mas é importante para aprender vocabulário, algumas coisas gramaticais e assim, ter mais repertório para o teste. 


  • AD APPEL

Esse aqui foi uma descoberta já quase no final da minha preparação para o teste, eu não sabia que havia esse site para estudos, com as perguntas, os vídeos e os exercícios para treinar, focados no teste A1 de integração civil. Além de um canal no youtube com todos os vídeos do KNS, eles também tem perguntas do spreken, além disso, vários exercícios de interpretação de texto que ajudam muito na parte do lezen. 


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Em um geral, sempre que converso com alguém que está para fazer o teste, eu falo "vá com tudo o que você tem, nunca com o mínimo". Eu tenho experiência com línguas e a hoalndesa não foi minha segunda, muito pelo contrário, foi a 5ª língua a ser estudada, então eu tinha muita base de como funcionava para mim. Eu sempre soube quais os métodos que me fazem aprender mais facilmente o idioma. Neste caso, além de estudar 7h por dia por 4 meses, eu tinha ajuda do meu namorado, que gravou as perguntas em holandês em um áudio e eu ouvia todos os dias antes de dormir.

Por que eu falo para nunca ir com o mínimo? Porque o teste é fácil, mas não é tão fácil assim se você não tiver repertório e estiver seguro com o que aprendeu. Decorar não é uma coisa tão boa, ela te ajuda, mas se você está indo viver na Holanda, aprender seria muito melhor. Eu decorei algumas coisas e não me lembro mais delas, mas o que eu aprendi de gramática e vocabulário, isso nunca mais sairá de mim.

COISA MAIS LINDA | 1ª TEMPORADA

Coisa mais linda é a nova produção brasileira da Netflix.

Coisa Mais Linda é estrelada por Maria Casadevall (Os Dias Eram Assim) como Maria Luiza, uma mulher conservadora e submissa que sempre dependeu do pai e do marido. Depois de ser abandonada no Rio, contra sua vontade – e para o desgosto do rígido pai – Maria Luiza decide ficar na cidade e se dedicar a transformar a propriedade de seu marido em um clube de bossa nova. 

Nesta transformação impulsionada pela paixão na vida de Maria Luiza, ela será inspirada por novas amigas liberais e feministas: Adélia, interpretada por Pathy Dejesus; Lígia, interpretada por Fernanda Vasconcellos; e Thereza, interpretada por Mel Lisboa.

Desde que comecei a assistir a série, já sabia que ela iria conquistar o meu coração. Não só pela escolha da história e das atrizes, mas também pelo trabalho de fotografia e paleta de cores que escolheram para ilustrar o Rio de Janeiro dos anos 50. O Brasil é lindo e apesar de termos tido partes horríveis em nossa história, também temos coisas boas para mostrar e essa tema veio para representar os dois lados, além disso, aborda temas importantes como emponderamento, sororidade, racismo, questões sociais, machismo e muito mais! 
Maria Luiza protagoniza a série junto com Adélia e, apesar de serem de classes sociais diferentes, de vidas diferentes, se tornam parceiras e amigas, dando um show de desconstrução, ensinamentos, empatia e sororidade. Cada uma com sua vida, com suas escolhas (até mesmo quando não se tem escolha), lidando com a sociedade machista e racista. As duas personagem se unem em seus momentos fragéis para se tornarem donas de si e terem voz em suas escolhas, abrindo assim um clube de música no coração do Rio de Janeiro.

É importante destacar que cada personagem tem sua história e sua bagagem de vida, seus medos, inseguranças, suas pressões sociais, mas todas tem em comum o mesmo sofrimento: o machismo, o NÃO, o patriarcado. E aqui que o roteiro exalta a cumplicidade e a determinação das mulheres, não incentivando a rivalidade feminina, mesmo quando tudo aponta nessa direção.
Adélia é a personagem com mais camadas a serem reveladas. Mulher, negra, pobre, periférica, mãe solteira, sonhadora, dona de casa, dona de si. Passou coisas que eu nunca poderia imaginar, mas graças ao roteiro, a direção e a atuação delicada e forte da atriz, pude entender melhor e enxergar a realidade das Adélias do Brasil. Eu acho que é muito importante entendermos nossos privilégios, para assim podermos ter mais noção da nossa realidade e do que podemos fazer a respeito. Aqui temos uma representação de duas vertentes do feminismo: o negro e o branco, importantíssimos para a discussão sobre lugar de fala e outros assuntos ligados ao feminismo.

A série ainda carrega alguns clichês da dramaturgia brasileira, mas isso não é uma marca que deixa muitas cicatrizes. O ambiente se envolvendo com a bossa nova, o Rio de Janeiro continuando lindo e os amores, ah! os amores. Todas as mulheres da série estão envoltas de homens, seja no trabalho ou na vida pessoal e social. Elas são sempre questionadas, pelos pais, pelas mães, pelos maridos, pelos amigos, e ainda assim, conseguem ultrapassar qualquer barreira patriarcal e construir suas vidas em cima de seus próprios méritos.

Apesar da trama principal ser focada em Adélia e Malu, temos outros personagens que merecem todo o respeito, Ligya e Thereza, duas personagens que passam uma força para tentar minimizar suas fragilidades, um relacionamento abusivo e de aparências, uma perda passada e tudo isso foi mostrado de uma forma muito bonita e genuína.
Maria Luiza tem seus sonhos e dentro da sua bolha de privilêgio, queria ter o direito de ter escolhas, de ter sua vida, o que sempre sonhou. A vida para um mulher no século passado era infinitamente pior, sem direitos, apenas vivendo às custas do marido ou do pai, o machismo era escancarado e para lutar contra isso, foi preciso muita força e coragem. Malu encontra em Adélia o outro lado da moeda, conviver com uma mulher que não teve o direito de escolhas nunca na vida, não só por ser mulher, mas por ser negra e pobre, fez com que Malu se descontruisse e se tornasse uma versão de si mesma. E Adélia conseguiu dar uma vida melhor para sua família, permitindo-so arriscar, mesmo sabendo que para uma mulher negra, arriscar era algo muito perigoso.

Em síntese, Coisa mais linda é uma série que traz representatividade e luta. Eu não poderia falar de todas as camadas que essa série traz, porque eu daria muitos spoilers, mas a delicadeza e força com que aborda vários temas que ainda são discutidos na nossa sociedade, faz com que todos os episódios ensinem alguma coisa, ou abram margem para uma discussão. Envolvido por um Rio de Janeiro cheio de samba e bossa nova, Coisa mais linda traz a história de personagens incríveis, muitas Malus, muitas Adélias por ai e essa representatividade importa.

O roteiro é amarrado e a direção é caprichada, para mim, o ponto diferencial é a paleta de cores utilizada, provocando um ar nostálgico em quem assiste, principalmente porque a combinação da música com o Rio, faz com que a gente se teletransporte para aquela época. Eu indico muito a série para todos, porque vai deixar o coração quentinho e o coração cheio de música.

Assista ao trailer:

A BIOGRAFIA DA MICHELLE OBAMA


Um relato íntimo, poderoso e inspirador da ex-primeira-dama dos Estados Unidos.

Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama se consolidou como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos — a primeira afro-americana a ocupar essa posição —, ela ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, se posicionou como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas nos Estados Unidos e ao redor do mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias levam suas vidas em busca de um modelo mais saudável e ativo, e se posicionando ao lado de seu marido durante os anos em que Obama presidiu os Estados Unidos em alguns dos momentos mais angustiantes da história do país. Ao longo do caminho, ela nos ensinou alguns passos de dança, arrasou no Carpool Karaoke e criou duas filhas responsáveis e centradas, apesar do impiedoso olhar da mídia.

Em suas memórias, um trabalho de profunda reflexão e com uma narrativa envolvente, Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram — da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. Com honestidade e uma inteligência aguçada, ela descreve seus triunfos e suas decepções, tanto públicas quanto privadas, e conta toda a sua história, conforme a viveu — em suas próprias palavras e em seus próprios termos. Reconfortante, sábio e revelador, Minha história traz um relato íntimo e singular, de uma mulher com alma e consistência que desafiou constantemente as expectativas — e cuja história nos inspira a fazer o mesmo.

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Confira a minha resenha sobre a biografia da Michelle Obama, ex primeira dama dos Estados Unidos da América. No vídeo eu conto todas as minhas opiniões sobre o livro e detalhes do que encontrei e achei de saber mais sobre a vida de uma pessoa tão importante como Michelle.

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Um papo sobre a minha auto estima

Por muito tempo eu me auto depreciei, não achei que era boa o suficiente e não me achei bonita o bastante para encher os olhos da pessoas. Por muito tempo, fiquei presa dentro de uma imagem que eu construi para mim mesma e isso me feriu de várias maneiras. No post de hoje, contarei um pouco da minha experiência em lutar contra a minha baixa auto estima.

Aos 23 anos e meio, me considero uma pessoa em transição. Muita coisa mudou na minha vida nos últimos anos, mas acredito que agora eu senti o impacto. Morar junto com outra pessoa, construir um relacionamento, trabalhar, cuidar da casa, tudo isso veio com a fase adulta. E no meio disso tudo, tem a transição da auto estima. Há 6 anos atrás, comecei a desenvolver ansiedade e tudo isso mexeu muito com o meu psicológico. Comecei a me auto depreciar e a me auto sabotar.

Mas como tentar recuperar todo o dano causado pela baixa auto estima? Eu comecei entendendo que cuidar de mim era o príncipal objetivo. Tanto em relação à aparência quanto a saúde mental e física. Comecei cuidar mais do meu rosto, da minha pele, comer de forma mais saudável e assistir a palestras, podcasts, vídeos no youtube que abordassem o tema. Se desconstruir também era necessário e foi assim que comecei a entender melhor como o processo deveria ser feito.

"Passei a maior parte da minha adolescência achando que eu era o problema"

Não é fácil.
Nunca é. No entanto, eu acredito muito na minha força interior em ultrapassar todos os obstáculos. A depressão é um monstrinho que fica te perseguindo, assim como a ansiedade. O primeiro passo foi entender que eu precisava de ajuda, fiz terapia, tomo remédios para a ansiedade e isso me ajudou muito. Uma coisa muito banal, mas muito eficiente, foi dar unfollow em várias blogueiras no instagram. Infelizmente ainda estamos dentro de uma sociedade em que estimula as mulheres a estarem dentro dos padrões e, mesmos aquelas, que assim como eu, performam feminilidade, são brancas e magras, acabam sendo atingidas por um ideal de corpo perfeito, lifestyle, que não existe, pelo menos não para todos.

Nunca sofri nenhum preconceito com a minha aparência, como disse, estou dentro dos padrões, sou branca, magra, tenho cabelo liso e performo feminilidade, e ainda assim, não conseguia me sentir bonita o suficiente ou inteligente o suficiente. E é ai que percebemos o quão doente é a nossa sociedade e o quanto nós mulheres sofremos com isso, com essa agressividade dos padrões perfeitos.

Em suma, o que a sociedade faz com as mulheres é cruel. A baixa auto estima atinge muitas, mas muitas mulheres, não somente as "fora dos padrões", mas todas em geral. Por isso, as dicas que eu tenho para dar (lembrando que não sou profissional), é cuidar mais de si mesma. E isso  inclui qualquer coisa que faça você se sentir bem.


Orgulho e Preconceito, by Jane Austen

Orgulho e Preconceito foi um dos primeiros livros que eu li na minha adolescência, há 10 anos atrás. A primeira vez que li, não foi uma experiência muito agradável, me lembro que não achei tudo isso que falavam sobre o livro. 10 anos depois, decidi reler a obra, devido a uma edição linda da Martin Claret, já adianto que a minha opinião do livro é bem diferente. 

Jane Austen inicia Orgulho e Preconceito com uma das mais célebres frases da literatura inglesa: "É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico deve precisar de uma esposa". O livro é o mais famoso da escritora e traz uma série de personagens inesquecíveis e um enredo memorável. Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como heroina irresistível e seu pretendente aristocrático, o sr. Darcy. Nesse livro, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito, ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. Porém, muitos desses aspectos da trama conduzem os personagens ao auto-conhecimento e ao amor. O livro pode ser considerado a obra prima da escritora, que equilibra comédia com seriedade, observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada

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O QUE EU VOU LER EM FEVEREIRO?


Olá pessoas! Mais um post novo aqui nesse blog. Em fevereiro, eu pretendo ler alguns livros em específico e, portanto, montei uma TBR (To bem read) para que seja como uma meta, um desafio para o respectivo mês. Quer saber quais foram os livros mencionados? Assista o vídeo!

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5 dicas para você aprender um novo idioma sozinho


Olá! Se você veio parar aqui, acredito que tenha vontade de aprender um novo idioma. Sabemos que bancar um curso em uma escola às vezes não é muito barato e, em alguns casos, os métodos adotados não são os melhores. Portanto, hoje eu conto a minha experiência com o aprendizado de uma nova língua e dou 5 dicas para quem quer tentar aprender sozinho!

*Só queria deixar claro que não sou nenhuma profissional, apenas estou pautando esse post na minha experiência. Se tiver dúvidas, me mande um e-mail ou uma mensagem no instagram!

1. Reúna o número máximo de material sobre o idioma. 
2.  Encontre o melhor método de aprendizagem para você.
3. Tenha paciência com você mesmo.
4. Invista seu tempo e se dedique o máximo que conseguir
5. Tente falar, mesmo que erre. 

No vídeo abaixo, eu conto a minha experiência com idiomas e como consegui falar ingles fluentemente. Além disso, deixei alguns canais que acredito contribuirem para com o aprendizado de idiomas para aqueles que buscam aprender sozinhos. 

Espero que tenham gostado! Qualquer dúvida, deixem um comentário ou mandem um e-mail para anelisebesson@gmail.com! :')

Vida na holanda, metas literárias, novo idioma... | Youtube time

Olá pessoas! Olha só quem resolveu voltar a gravar vídeos! Isso mesmo, euzinha. Como parte dessa nova fase, quero compartilhar minha jornada de todas as formas que eu conseguir. Espero que gostem, compartilhem suas opiniões comigo e que façamos desse espaço, um lugar para compartilharmos e evoluirmos. <3

Minha primeira vez na Bélgica: Bruxelas

Bruxelas, sempre foi um sonho conhecer. E esse sonho se realizou no dia 30 de dezembro de 2018. Decidimos ir para a Bélgica, pois tenho uma amiga que mora lá e, como o plano inicial eram apenas duas semanas na Holanda, não queria perder a oportunidade de vê-la.  E foi assim que começou a minha jornada de 2 dias em Bruxelas.

A primeira diferença que senti quando chegamos, foi a arquitetura. Eu nunca estive na França, mas só de olhar, já soube de onde as inspirações arquitetônicas vieram. Ao contrário de Amsterdam, em que os prédios são mais estreitos e coloridos, Bruxelas os tem como largos, unicolores e maiores. Além disso, há uma parte extremamente moderna, com prédios imensos e luxuosos, que é até um contraste esquisito quando passamos de uma parte mais antiga da cidade, para a mais nova. Mas como cada cidade tem o seu charme, Bruxelas me conquistou e vou contar um pouco das minhas impressões sobre a cidade.

Os pontos turisticos são lotados, como são. O Grande Place é simplesmente complicado para andar, respirar ou fazer qualquer coisa, porque é ali que se concentram os turistas do mundo todo. Não como negar que é maravilhoso olhar aqueles prédios cheios de história, luxuosos e com aquela arquitetura antiga. No entanto, não foi um lugar que deixou meus olhos brilhando, foi lindo, mas acredito que o aglomerado de gente tenha me feito ficar com menos vontade de ficar por mais tempo lá apreciando.
Também visitamos o Manneken Pis apelidado carinhosamente de Sr. Pee, é aquela famosa escultura do menino fazendo xixi. Eu já sabia que era é bem pequena a escultura, mas ainda assim fui ver e é.. bonita. Pelo menos eu tenho uma foto para comprovar que vi, rs. No primeiro dia não andamos muito, apenas vimos nossos amigos e depois jantamos, porque a nossa andança seria no dia seguinte.

No segundo dia, acordamos mais cedo e começamos a nossa andança pelas ruas de Bruxelas. Andamos muito até chegar no Parc du Cinquantenaire, mas valeu muito a pena. O arco do triunfo Les Arcades du Cinquantenaire foi erguido em 1905, substituindo uma versão temporária anterior da arcada por Gédéon Bordiau. As estruturas foram construídas em ferro, vidro e pedra, simbolizando o desempenho econômico e industrial da Bélgica. Os 30 hectares de parque está cheio de jardins pitorescos, lagoas e cachoeiras. Ele abrigou várias feiras, exposições e festivais, no início do século. Desde 1930 que o parque é voltado para o lazer. Também vimos o Palácio Real e novamente andamos pelo Grand Place, que estava um pouco menos lotado.
O que eu achei de Bruxelas? Muitas igrejas lindas, entramos em pelo menos 4 delas e todas tinham uma arquitetura muito incrível. Bruxelas foi uma cidade muito linda de se conhecer, apesar das pessoas "nativas" estarem sempre com a cara fechada, não foi algo que incomodou muito. O que eu mais tenho gostado da Europa, é que as pessoas realmente não estão nem ai com o que você está vestindo ou fazendo (sendo bem simplista nas minhas colocações) e, assim como Amsterdam, senti uma liberdade muito grande. A nossa noite de ano novo foi "celebrada" no hotel, mas antes saimos para jantar no Brussels Grill, um restaurante que ficava perto do nosso hotel, e a comida estava excelente, atendimento bom e os preços não foram tão salgados (se não pensarmos na conversão da moeda, rs).
O nosso hotel foi um japonês, Yadahoo e valeu muito a pena. É um pouco mais afastado dos pontos turisticos, mas perto dos acessos das estações de metrô. Adoramos o hotel, porque não foi caro e o quarto é grande, com uma ótima cama, tv a cabo e um banheiro grande também. Eu indico muito para quem pensar em se hospedar.

Em suma, Bruxelas é linda! Vale muito a pena andar e explorar a cidade e não se concentrar apenas no centro. Não vimos alguns pontos turisticos, porque priorizamos outros, mas para uma próxima visita, queremos conhecer mais alguns lugares. A comida é boa e se você está indo sozinho ou acompanhado, tem opções para ambas, é só pesquisar bem! Bruxelas, voltarei para você logo. 

Amsterdam: liberdade e diversão.

Morar na Holanda e não conhecer Amsterdam não é uma coisa muito boa, afinal, é a capital dos Países Baixos e uma das cidades mais populares do mundo. Meu plano inicial era ficar duas semanas, como mencionei no primeiro post desse blog, no entanto, após decidirmos que iria morar aqui, não alteramos a nossa programação de final de ano. A nossa ideia inicial foi passar 2 dias e meio em Amsterdam, visitar o museu do Van Gogh e andar pela cidade. Nesse post, vou comentar as minhas impressões sobre a cidade e todos os lugares que visitamos. 

1º dia: Museu do Van Gogh

Como uma fã do trabalho do pintor Vincent Van Gogh, e claro que eu precisava ir ao Museu onde a maioria das suas obras estão em exposição. Compramos os ingressos pela internet, para evitarmos filas e isso foi muito bom, porque museus são muito lotados aqui na Holanda. O ingresso custou € 20, o que não é tão barato assim, mas também não é caro, porque vale muito a pena. O lugar é lindo, cheio de história e possui uma vibe muito boa. Você tem a opção de adquirir um guia com áudio, em que explicam cada obra, contexto e vida do Van Gogh. Não optamos por essa opção, mas para quem tem mais tempo e vontade, vale a pena. 

No primeiro dia, apenas visitamos o museu, porque chegamos após o almoço e na europa, no inverno, escurece muito cedo, então deixamos a andança para o dia seguinte. Durante a noite, fomos comer em um restaurante argentino chamado El Rancho Argentino, comida excelente, ambiente incrível, valeu muito a pena, o custo benefício foi muito bom e fica bem no centro de Amsterdam.

2º dia: andando por ai.

Sempre que viajo para um lugar diferente, prefiro andar sem rumo, apenas com alguns pontos turisticos específicos em mente. Foi o que fizemos em Amsterdam no nosso segundo dia. Os nossos cafés da manhã foram na Starbucks, porque eram mais em conta e perto do nosso hotel, depois do café, andamos por vários lugares. Fomos ao Vondel Park, que é simplesmente lindo. Depois conhecemos algumas ruas em que as marcas e grife ficam, como Dior, Valentino... e por ai vai. Andamos tanto, mas tanto, que no final do dia, estávamos simplesmente acabamos, mas valeu cada segundo. O nosso jantar ficou por conta de um restaurante brasileiro maravilhoso que nos serviu uma picanha caprichada, rs.

Para a noite, escolhemos conhecer o Amsterdam Light Festival com um barco. O festival ocorre de dezembro ao início de janeiro, e os canais de Amsterdam são iluminados pelos melhores artistas de luzes da Holanda e do mundo.
O que eu achei de Amsterdam? É uma cidade LINDA, sim com todas as letras maiúsculas. Respira liberdade, diversão e maconha, rs, sim, por onde andávamos eu sentia o cheiro constante, mas não foi algo que me deixou incomodada por muito tempo, apesar de no começo ter achado muito estranho. É uma capital, tem muitos turistas, ainda mais nessa época do ano, as ruas com as lojas mais populares como Zara e Primark são simplesmente lotadas. No entanto, se você anda pela cidade, logo você encontra ruas lindas e mais vazias, algumas completamente desertas e ai, vale muito a pena.

Uma das coisas que eu mais tenho gostado nesse país, é que todos respeitam muito a liberdade dos outros. Ninguém passa do limite, ninguém é desrespeitoso com nenhuma crença, sexualidade, opção alheia e isso é muito bom, a gente consegue sentir no ar esse respeito e liberdade. Em Amsterdam, a maioria fala inglês, o que facilita muito para quem ainda não domina o holandês ou está apenas passeando. A maioria dos restaurantes e lugares tem opções em inglês no menu, às vezes até espanhol, então facilita muito. Os trens são organizados e muito eficientes, e é a melhor opção para quem visita, porque andar de carro em Amsterdam NÃO é uma boa opção.

Faltaram alguns pontos turísticos para visitar, mas pretendemos voltar uma outra hora. O que eu digo para aqueles que querem conhecer a cidade: conheçam! Além de ter uma arquitetura LINDA, é simplesmente aconchegante e maravilhosa. Foi um dos lugares mais incríveis que já conheci, vale muito a pena. <3

Se quiser ver mais fotos ou saber mais dos lugares que visitei, me siga no instagam: @skywalkeranne



O começo.

21 de dezembro de 2018. Holanda, cheguei.
Eu decidi voltar a escrever, porque sempre foi uma paixão. Sempre gostei de compartilhar minhas ideias, meus gostos e hoje em dia tenho usado muito mais os stories do que o blog em si. Por quase 5 anos, tive um blog literário onde compartilhei minhas opiniões sobre os livros que estava lendo, hoje em dia, sinto uma necessidade mais íntima de compartlhar não só sobre livros, mas também sobre a vida e tudo mais. Se você me segue nas redes sociais, deve saber que eu estou morando em outro país, na Holanda. E hoje eu quero compartilhar um pouco sobre o que me fez querer vir para cá.

Eu namoro um holandês. Não é um brasileiro morando na Holanda, é um holandês mesmo, made in netherlands. Quando nos conhecemos, não imaginava que ele seria o amor da minha vida, mas depois de um tempo soube que precisava ficar com ele, porque queria construir uma vida em conjunto. A gente simplesmente sabe quando é a pessoa certa. Não tem jeito. Eu iria vir só para passear, passar 2 semanas de férias aqui em dezembro, mas minha vida estava uma confusão total no Brasil. Não gostava do meu trabalho, minhas crises de ansiedade tinham voltado e eu não me sentia mais tão bem quanto antes. Me formei na faculdade e estava sem rumo, porque não queria trabalhar na área. Foi então que em uma conversa, percebemos que talvez seria uma boa ideia estarmos juntos por mais tempo, sem o problema da distância e foi assim, sem muito esforço, que decidi que estava na hora de mudar.
Sim, me demiti do emprego. Foi uma coisa corajosa, pois eu estava na zona de conforto, morando com os meus pais, perto dos meus amigos e tinha um emprego na minha área de formação. Quem me conhece sabe que vivi anos de depressão, momentos em que achei que nunca iria realizar nenhum dos meus sonhos e objetivos. No entanto, em 2018, eu já havia encontrado uma boa versão de mim, uma Anelise que sabia o que queria e o que NÃO queria e isso foi o suficiente para mudar radicalmente de vida. Começamos a montar nosso apartamento, a decorar, e agora a minha vinda permanente era inevitável. Meus pais me apoiaram muito, pela primeira vez, eu senti que estava tendo o apoio de todos que importavam, minha mãe conversou comigo sobre tudo, até sobre enxoval e foi assim, mais uma vez, que tive a certeza de que estava no caminho certo.

É fácil? Claro que não. Estou em um processo de adaptação, outra língua, outra cultura, a família do meu namorado, que é incrível, mas é diferente. Tudo é diferente e tudo é muito maravilhoso. Me sinto inspirada, amada, querida e sinto que a cada dia que passa, estou mais confiante sobre o futuro. 2019 começou, o ano em que eu faço 24 anos, o ano em que tudo mudou e eu estou preparada para isso. As pessoas vão falar sobre você, sobre suas escolhas, sobre sua vida e tá tudo bem, sabe por quê? Porque você é alguém nesse mundo, mas não interessa o que vão falar, não interessa se você será a fofoca da família, só você sabe o que vive.

É muito complicado entender o real significado da vida, o que nos preenche de amor e felicidade, o que nos deixa tranquilos e em paz, às vezes (e muitas vezes), a gente não descobre, muito menos entende tudo isso e acabamos ficando em um limbo de sentimentos, que mistura frustração e inquietude. Se mudar de país é uma experiência rica, mas não é tão fácil quanto parece. E, mesmo assim, a minha escolha não poderia ter sido mais certa. Ao futuro, apenas as consequências das minhas escolhas. As sementes foram plantadas e agora vou colher. O que sinto? Orgulho. O que desejo? Apenas continuar me conhecendo todo dia um pouco mais, evoluindo como ser humano e cidadã e contribuir para com o mundo da melhor maneira que eu sou.

A espantosa realidade das cousas 
É a minha descoberta de todos os dias. 
Cada cousa é o que é, 
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, 
E quanto isso me basta. 

Basta existir para se ser completo. 

Tenho escrito bastantes poemas. 
Hei de escrever muitos mais. Naturalmente. 

Cada poema meu diz isto, 
E todos os meus poemas são diferentes, 
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto. 

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra. 
Não me ponho a pensar se ela sente. 
Não me perco a chamar-lhe minha irmã. 
Mas gosto dela por ela ser uma pedra, 
Gosto dela porque ela não sente nada. 
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo. 

Outras vezes oiço passar o vento, 
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido. 

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto; 
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo, 
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar; 
Porque o penso sem pensamentos 
Porque o digo como as minhas palavras o dizem. 

Uma vez chamaram-me poeta materialista, 
E eu admirei-me, porque não julgava 
Que se me pudesse chamar qualquer cousa. 
Eu nem sequer sou poeta: vejo. 
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: 
O valor está ali, nos meus versos. 
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" - A Espantosa Realidade das Cousas
Heterónimo de Fernando Pessoa