5 dicas para você aprender um novo idioma sozinho


Olá! Se você veio parar aqui, acredito que tenha vontade de aprender um novo idioma. Sabemos que bancar um curso em uma escola às vezes não é muito barato e, em alguns casos, os métodos adotados não são os melhores. Portanto, hoje eu conto a minha experiência com o aprendizado de uma nova língua e dou 5 dicas para quem quer tentar aprender sozinho!

*Só queria deixar claro que não sou nenhuma profissional, apenas estou pautando esse post na minha experiência. Se tiver dúvidas, me mande um e-mail ou uma mensagem no instagram!

1. Reúna o número máximo de material sobre o idioma. 
2.  Encontre o melhor método de aprendizagem para você.
3. Tenha paciência com você mesmo.
4. Invista seu tempo e se dedique o máximo que conseguir
5. Tente falar, mesmo que erre. 

No vídeo abaixo, eu conto a minha experiência com idiomas e como consegui falar ingles fluentemente. Além disso, deixei alguns canais que acredito contribuirem para com o aprendizado de idiomas para aqueles que buscam aprender sozinhos. 

Espero que tenham gostado! Qualquer dúvida, deixem um comentário ou mandem um e-mail para anelisebesson@gmail.com! :')

Vida na holanda, metas literárias, novo idioma... | Youtube time

Olá pessoas! Olha só quem resolveu voltar a gravar vídeos! Isso mesmo, euzinha. Como parte dessa nova fase, quero compartilhar minha jornada de todas as formas que eu conseguir. Espero que gostem, compartilhem suas opiniões comigo e que façamos desse espaço, um lugar para compartilharmos e evoluirmos. <3

Minha primeira vez na Bélgica: Bruxelas

Bruxelas, sempre foi um sonho conhecer. E esse sonho se realizou no dia 30 de dezembro de 2018. Decidimos ir para a Bélgica, pois tenho uma amiga que mora lá e, como o plano inicial eram apenas duas semanas na Holanda, não queria perder a oportunidade de vê-la.  E foi assim que começou a minha jornada de 2 dias em Bruxelas.

A primeira diferença que senti quando chegamos, foi a arquitetura. Eu nunca estive na França, mas só de olhar, já soube de onde as inspirações arquitetônicas vieram. Ao contrário de Amsterdam, em que os prédios são mais estreitos e coloridos, Bruxelas os tem como largos, unicolores e maiores. Além disso, há uma parte extremamente moderna, com prédios imensos e luxuosos, que é até um contraste esquisito quando passamos de uma parte mais antiga da cidade, para a mais nova. Mas como cada cidade tem o seu charme, Bruxelas me conquistou e vou contar um pouco das minhas impressões sobre a cidade.

Os pontos turisticos são lotados, como são. O Grande Place é simplesmente complicado para andar, respirar ou fazer qualquer coisa, porque é ali que se concentram os turistas do mundo todo. Não como negar que é maravilhoso olhar aqueles prédios cheios de história, luxuosos e com aquela arquitetura antiga. No entanto, não foi um lugar que deixou meus olhos brilhando, foi lindo, mas acredito que o aglomerado de gente tenha me feito ficar com menos vontade de ficar por mais tempo lá apreciando.
Também visitamos o Manneken Pis apelidado carinhosamente de Sr. Pee, é aquela famosa escultura do menino fazendo xixi. Eu já sabia que era é bem pequena a escultura, mas ainda assim fui ver e é.. bonita. Pelo menos eu tenho uma foto para comprovar que vi, rs. No primeiro dia não andamos muito, apenas vimos nossos amigos e depois jantamos, porque a nossa andança seria no dia seguinte.

No segundo dia, acordamos mais cedo e começamos a nossa andança pelas ruas de Bruxelas. Andamos muito até chegar no Parc du Cinquantenaire, mas valeu muito a pena. O arco do triunfo Les Arcades du Cinquantenaire foi erguido em 1905, substituindo uma versão temporária anterior da arcada por Gédéon Bordiau. As estruturas foram construídas em ferro, vidro e pedra, simbolizando o desempenho econômico e industrial da Bélgica. Os 30 hectares de parque está cheio de jardins pitorescos, lagoas e cachoeiras. Ele abrigou várias feiras, exposições e festivais, no início do século. Desde 1930 que o parque é voltado para o lazer. Também vimos o Palácio Real e novamente andamos pelo Grand Place, que estava um pouco menos lotado.
O que eu achei de Bruxelas? Muitas igrejas lindas, entramos em pelo menos 4 delas e todas tinham uma arquitetura muito incrível. Bruxelas foi uma cidade muito linda de se conhecer, apesar das pessoas "nativas" estarem sempre com a cara fechada, não foi algo que incomodou muito. O que eu mais tenho gostado da Europa, é que as pessoas realmente não estão nem ai com o que você está vestindo ou fazendo (sendo bem simplista nas minhas colocações) e, assim como Amsterdam, senti uma liberdade muito grande. A nossa noite de ano novo foi "celebrada" no hotel, mas antes saimos para jantar no Brussels Grill, um restaurante que ficava perto do nosso hotel, e a comida estava excelente, atendimento bom e os preços não foram tão salgados (se não pensarmos na conversão da moeda, rs).
O nosso hotel foi um japonês, Yadahoo e valeu muito a pena. É um pouco mais afastado dos pontos turisticos, mas perto dos acessos das estações de metrô. Adoramos o hotel, porque não foi caro e o quarto é grande, com uma ótima cama, tv a cabo e um banheiro grande também. Eu indico muito para quem pensar em se hospedar.

Em suma, Bruxelas é linda! Vale muito a pena andar e explorar a cidade e não se concentrar apenas no centro. Não vimos alguns pontos turisticos, porque priorizamos outros, mas para uma próxima visita, queremos conhecer mais alguns lugares. A comida é boa e se você está indo sozinho ou acompanhado, tem opções para ambas, é só pesquisar bem! Bruxelas, voltarei para você logo. 

Amsterdam: liberdade e diversão.

Morar na Holanda e não conhecer Amsterdam não é uma coisa muito boa, afinal, é a capital dos Países Baixos e uma das cidades mais populares do mundo. Meu plano inicial era ficar duas semanas, como mencionei no primeiro post desse blog, no entanto, após decidirmos que iria morar aqui, não alteramos a nossa programação de final de ano. A nossa ideia inicial foi passar 2 dias e meio em Amsterdam, visitar o museu do Van Gogh e andar pela cidade. Nesse post, vou comentar as minhas impressões sobre a cidade e todos os lugares que visitamos. 

1º dia: Museu do Van Gogh

Como uma fã do trabalho do pintor Vincent Van Gogh, e claro que eu precisava ir ao Museu onde a maioria das suas obras estão em exposição. Compramos os ingressos pela internet, para evitarmos filas e isso foi muito bom, porque museus são muito lotados aqui na Holanda. O ingresso custou € 20, o que não é tão barato assim, mas também não é caro, porque vale muito a pena. O lugar é lindo, cheio de história e possui uma vibe muito boa. Você tem a opção de adquirir um guia com áudio, em que explicam cada obra, contexto e vida do Van Gogh. Não optamos por essa opção, mas para quem tem mais tempo e vontade, vale a pena. 

No primeiro dia, apenas visitamos o museu, porque chegamos após o almoço e na europa, no inverno, escurece muito cedo, então deixamos a andança para o dia seguinte. Durante a noite, fomos comer em um restaurante argentino chamado El Rancho Argentino, comida excelente, ambiente incrível, valeu muito a pena, o custo benefício foi muito bom e fica bem no centro de Amsterdam.

2º dia: andando por ai.

Sempre que viajo para um lugar diferente, prefiro andar sem rumo, apenas com alguns pontos turisticos específicos em mente. Foi o que fizemos em Amsterdam no nosso segundo dia. Os nossos cafés da manhã foram na Starbucks, porque eram mais em conta e perto do nosso hotel, depois do café, andamos por vários lugares. Fomos ao Vondel Park, que é simplesmente lindo. Depois conhecemos algumas ruas em que as marcas e grife ficam, como Dior, Valentino... e por ai vai. Andamos tanto, mas tanto, que no final do dia, estávamos simplesmente acabamos, mas valeu cada segundo. O nosso jantar ficou por conta de um restaurante brasileiro maravilhoso que nos serviu uma picanha caprichada, rs.

Para a noite, escolhemos conhecer o Amsterdam Light Festival com um barco. O festival ocorre de dezembro ao início de janeiro, e os canais de Amsterdam são iluminados pelos melhores artistas de luzes da Holanda e do mundo.
O que eu achei de Amsterdam? É uma cidade LINDA, sim com todas as letras maiúsculas. Respira liberdade, diversão e maconha, rs, sim, por onde andávamos eu sentia o cheiro constante, mas não foi algo que me deixou incomodada por muito tempo, apesar de no começo ter achado muito estranho. É uma capital, tem muitos turistas, ainda mais nessa época do ano, as ruas com as lojas mais populares como Zara e Primark são simplesmente lotadas. No entanto, se você anda pela cidade, logo você encontra ruas lindas e mais vazias, algumas completamente desertas e ai, vale muito a pena.

Uma das coisas que eu mais tenho gostado nesse país, é que todos respeitam muito a liberdade dos outros. Ninguém passa do limite, ninguém é desrespeitoso com nenhuma crença, sexualidade, opção alheia e isso é muito bom, a gente consegue sentir no ar esse respeito e liberdade. Em Amsterdam, a maioria fala inglês, o que facilita muito para quem ainda não domina o holandês ou está apenas passeando. A maioria dos restaurantes e lugares tem opções em inglês no menu, às vezes até espanhol, então facilita muito. Os trens são organizados e muito eficientes, e é a melhor opção para quem visita, porque andar de carro em Amsterdam NÃO é uma boa opção.

Faltaram alguns pontos turísticos para visitar, mas pretendemos voltar uma outra hora. O que eu digo para aqueles que querem conhecer a cidade: conheçam! Além de ter uma arquitetura LINDA, é simplesmente aconchegante e maravilhosa. Foi um dos lugares mais incríveis que já conheci, vale muito a pena. <3

Se quiser ver mais fotos ou saber mais dos lugares que visitei, me siga no instagam: @skywalkeranne



O começo.

21 de dezembro de 2018. Holanda, cheguei.
Eu decidi voltar a escrever, porque sempre foi uma paixão. Sempre gostei de compartilhar minhas ideias, meus gostos e hoje em dia tenho usado muito mais os stories do que o blog em si. Por quase 5 anos, tive um blog literário onde compartilhei minhas opiniões sobre os livros que estava lendo, hoje em dia, sinto uma necessidade mais íntima de compartlhar não só sobre livros, mas também sobre a vida e tudo mais. Se você me segue nas redes sociais, deve saber que eu estou morando em outro país, na Holanda. E hoje eu quero compartilhar um pouco sobre o que me fez querer vir para cá.

Eu namoro um holandês. Não é um brasileiro morando na Holanda, é um holandês mesmo, made in netherlands. Quando nos conhecemos, não imaginava que ele seria o amor da minha vida, mas depois de um tempo soube que precisava ficar com ele, porque queria construir uma vida em conjunto. A gente simplesmente sabe quando é a pessoa certa. Não tem jeito. Eu iria vir só para passear, passar 2 semanas de férias aqui em dezembro, mas minha vida estava uma confusão total no Brasil. Não gostava do meu trabalho, minhas crises de ansiedade tinham voltado e eu não me sentia mais tão bem quanto antes. Me formei na faculdade e estava sem rumo, porque não queria trabalhar na área. Foi então que em uma conversa, percebemos que talvez seria uma boa ideia estarmos juntos por mais tempo, sem o problema da distância e foi assim, sem muito esforço, que decidi que estava na hora de mudar.
Sim, me demiti do emprego. Foi uma coisa corajosa, pois eu estava na zona de conforto, morando com os meus pais, perto dos meus amigos e tinha um emprego na minha área de formação. Quem me conhece sabe que vivi anos de depressão, momentos em que achei que nunca iria realizar nenhum dos meus sonhos e objetivos. No entanto, em 2018, eu já havia encontrado uma boa versão de mim, uma Anelise que sabia o que queria e o que NÃO queria e isso foi o suficiente para mudar radicalmente de vida. Começamos a montar nosso apartamento, a decorar, e agora a minha vinda permanente era inevitável. Meus pais me apoiaram muito, pela primeira vez, eu senti que estava tendo o apoio de todos que importavam, minha mãe conversou comigo sobre tudo, até sobre enxoval e foi assim, mais uma vez, que tive a certeza de que estava no caminho certo.

É fácil? Claro que não. Estou em um processo de adaptação, outra língua, outra cultura, a família do meu namorado, que é incrível, mas é diferente. Tudo é diferente e tudo é muito maravilhoso. Me sinto inspirada, amada, querida e sinto que a cada dia que passa, estou mais confiante sobre o futuro. 2019 começou, o ano em que eu faço 24 anos, o ano em que tudo mudou e eu estou preparada para isso. As pessoas vão falar sobre você, sobre suas escolhas, sobre sua vida e tá tudo bem, sabe por quê? Porque você é alguém nesse mundo, mas não interessa o que vão falar, não interessa se você será a fofoca da família, só você sabe o que vive.

É muito complicado entender o real significado da vida, o que nos preenche de amor e felicidade, o que nos deixa tranquilos e em paz, às vezes (e muitas vezes), a gente não descobre, muito menos entende tudo isso e acabamos ficando em um limbo de sentimentos, que mistura frustração e inquietude. Se mudar de país é uma experiência rica, mas não é tão fácil quanto parece. E, mesmo assim, a minha escolha não poderia ter sido mais certa. Ao futuro, apenas as consequências das minhas escolhas. As sementes foram plantadas e agora vou colher. O que sinto? Orgulho. O que desejo? Apenas continuar me conhecendo todo dia um pouco mais, evoluindo como ser humano e cidadã e contribuir para com o mundo da melhor maneira que eu sou.

A espantosa realidade das cousas 
É a minha descoberta de todos os dias. 
Cada cousa é o que é, 
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra, 
E quanto isso me basta. 

Basta existir para se ser completo. 

Tenho escrito bastantes poemas. 
Hei de escrever muitos mais. Naturalmente. 

Cada poema meu diz isto, 
E todos os meus poemas são diferentes, 
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto. 

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra. 
Não me ponho a pensar se ela sente. 
Não me perco a chamar-lhe minha irmã. 
Mas gosto dela por ela ser uma pedra, 
Gosto dela porque ela não sente nada. 
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo. 

Outras vezes oiço passar o vento, 
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido. 

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto; 
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo, 
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar; 
Porque o penso sem pensamentos 
Porque o digo como as minhas palavras o dizem. 

Uma vez chamaram-me poeta materialista, 
E eu admirei-me, porque não julgava 
Que se me pudesse chamar qualquer cousa. 
Eu nem sequer sou poeta: vejo. 
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: 
O valor está ali, nos meus versos. 
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" - A Espantosa Realidade das Cousas
Heterónimo de Fernando Pessoa